Construção Civil foi setor que mais gerou empregos em 2020

Postado em 17/12/2020 Leia em 3 minutos

Mesmo com a pandemia e um cenário nebuloso de incertezas, o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil no 3º trimestre de 2020 está no mesmo patamar do observado no início de 2007. Apesar disso, a construção foi o setor que mais gerou empregos no país nos primeiros dez meses de 2020, com a criação de 138.409 vagas formais, de acordo com dados do Ministério da Economia. Esse é o melhor resultado para o período desde 2013, quando a construção gerou 207.787 novas vagas. Mesmo na crise, portanto, Construção Civil foi setor que mais gerou empregos em 2020.

Leia também: CNI constata que Construção Civil continua em ritmo de crescimento

Construção Civil foi setor que mais gerou empregos em 2020

As informações foram apresentadas pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) nesta quinta-feira (16/12), durante coletiva de imprensa online para retrospectiva sobre o desempenho do setor em 2020 e projeções para 2021.

Pandemia e desabastecimento

Desde o início da pandemia de covid-19, a indústria da construção ganhou destaque pela rápida adoção de práticas de segurança e proteção sanitária de seus trabalhadores. Na avaliação da CBIC, foi uma grande vitória setorial. Outro grande desafio para o setor em 2020 foi o desabastecimento. Na visão dos empresários da construção, conforme sondagem realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com o apoio da CBIC, o principal problema que eles enfrentaram no 3º trimestre do ano foi a falta ou o alto custo de matéria-prima, com 39,2% das assinalações.

Investimento no setor da Construção Civil

No 3º trimestre de 2020, a taxa de investimento do Brasil em relação ao seu PIB foi de 16,2%. Em outros países, ela é bem superior. China, Espanha, Austrália, Canadá, Chile, França e Uruguai já apresentaram, por exemplo, taxas de 42,84%, 20,02%, 23,31%, 22,1%, 22,44%, 23,63% e 17,18%, respectivamente. Na última década (2010-2019), a construção foi responsável por cerca de 50% dos investimentos no Brasil. Em 2019, esse número foi de cerca de 44%.

Expectativas e Projeções

De acordo com a Sondagem da Indústria da Construção, os empresários do setor possuem expectativas positivas para os próximos seis meses. Os resultados do trabalho sinalizam aumento na compra de insumos e geração de novas vagas. Os índices de expectativa também demonstram que os empresários estimam o aumento do nível de atividade e um maior volume de lançamentos de novos empreendimentos e serviços.

A perspectiva é que a economia brasileira encerre o ano de 2020 com queda de 4,41% no PIB. A retração aguardada para a construção no ano é de 2,8%. Para 2021, as expectativas para o país são positivas: é aguardada uma expansão de 3,5% para a economia brasileira. De acordo com projeções realizadas pela CBIC, a construção deverá incrementar 4% em seu PIB, o que seria o maior crescimento do setor desde 2013 (4,5%). O risco para esse desempenho é o desabastecimento

CURSOS PRESENCIAIS

do Instituto da Construção

ICONSTRUINDO

O BLOG DO INSTITUTO DA CONSTRUÇÃO