Conheça os blocos para construção civil sustentáveis, feitos com lixo plástico dos oceanos

Postado em 28/02/2017 Leia em 3 minutos

Pensar em alternativas sustentáveis para todos os âmbitos da vida é a melhor maneira de conservar um ambiente já muito explorado. Por isso, pessoas engajadas e com boas ideias desenvolvem outras formas de realizar ações semelhantes, mas pensando na sustentabilidade.

É o que ocorre com os blocos para construções sustentáveis, o chamado Replast, que são produzidos com o lixo plástico que é descartado nos oceanos. Veja abaixo alguns benefícios e observações importantes sobre o bloco Replast:

Primeiro

Trata-se de um item essencial na construção, e que é produzido de forma totalmente sustentável.

Segundo

Além da produção e do material final ser sustentável, ele tem por sua matéria-prima justamente a retirada de elementos que degradam os nossos oceanos. Por isso, mais do que retirar o plástico do oceano e não ter um fim para ele, é possível torná-lo parte de outro processo, o de construção, um reuso efetivo e importante.

Terceiro

A vida nos mares é beneficiada, afinal, há estudos que apontam que em 2050 terá mais plástico do que peixes nesse habitat. Logicamente, como tudo que é novo e não visa primordialmente o lucro, tal ideia demorou para “andar” e ser colocada em prática efetivamente.

Não houve apoio financeiro suficiente para produção em larga escala, mas a tendência atual de sustentabilidade fez com que as empresas se interessassem pelo projeto e inserissem tecnologias para a produção efetiva, no caso pela empresa norte-americana ByFusion.

Pontos positivos

Para além do viés sustentável, os blocos para construção com lixo plástico possuem mais benefícios. Pode ser usado em construção, para o preenchimento de bases no lugar do cimento tradicional. Além disso, o Replast possui eficiência térmica e isolamento de som extremamente altos.  

Segundo a empresa desenvolvedora, não é preciso usar colas ou adesivos como nos blocos para construção tradicionais, isso auxilia na redução da pegada de carbono da construção em até 95%. Com isso, o projeto que inclui o Replast pode alcançar a certificação ambiental.

Pontos negativos

Infelizmente, não se pode substituir o material pelo concreto, pois ele não suporta pesos extremos.

Práticas sustentáveis

Não pense que os desenvolvedores desejam esconder o ouro não. A ideia é expandir cada vez mais o uso e a fabricação dos blocos para construção, expondo o processo de desenvolvimento para que mais empresas repliquem a técnica e expandam essa ação sustentável. O oceano fica mais limpo com a retirada desse material amplamente reaproveitado.

O uso do Replast pode ser feito de maneira modular, em habitações para pessoas de baixa renda, afinal, serão mais econômicos e igualmente efetivos.

O objetivo é expandir cada vez mais o uso dos blocos para construção feitos com lixo plástico e melhorá-lo a cada produção para torná-lo mais eficaz dentro da construção. Afinal, a ideia já está pronta e desenvolvida, bem como sabe-se que é amplamente aplicável. Pode-se agora afinar ainda mais o processo de produção e otimizar para que mais projetos possam empregar esse material.

A cada dia, mais práticas sustentáveis são postas à prova e o ideal é que mais empresas, com alto capital de giro, possam investir e fortalecer essas práticas. Não se trata de fazer filantropia, mas sim ver as práticas sustentáveis com a única e a melhor forma de manter limpo o ambiente em que vivemos.

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