Classificação e reaproveitamento de resíduos na construção civil

Postado em 05/10/2017 Leia em 4 minutos

A sustentabilidade é um fator muito discutido nos dias de hoje. Com o aumento da preocupação em relação ao meio ambiente, é fundamental que todos os setores busquem soluções para que as suas atividades não continuem afetando a natureza, colocando em risco o futuro do planeta.

Dessa forma, sabe-se que a área da construção civil é uma das que mais precisa investir em sustentabilidade, uma vez que as construções tradicionais causam grande poluição, o que acaba sendo nada sustentável. Por isso, a sustentabilidade na construção civil vem sendo aprimorada com materiais e técnicas que reduzam esses impactos.

Alguns pontos importantes

Como bem se sabe, um dos pontos que mais representa essa poluição são as grandes quantidades de resíduos gerados nas obras, que não possuem tratamento ou separação alguma e são descartados na natureza. Diante disso, a classificação e a reutilização desses resíduos é um cuidado cada vez mais necessário, pois além de diminuir o volume de materiais descartados, reduz também os gastos; uma boa parte desses resíduos pode ser reaproveitada, gerando uma economia muito maior.

Sobre a classificação dos resíduos

A classificação para a verdadeira gestão dos resíduos acontece de acordo com a natureza de cada material, como por exemplo a facilidade de segregação, a qualidade dos materiais reciclados, a natureza desses resíduos e a produtividade.

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De acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente, os resíduos gerados na construção civil podem ser classificados em quatro classes: A, B, C e D.

Resíduos Classe A

Se refere aos materiais que seriam descartados, mas que podem ser reaproveitados na própria obra, como cimento, tijolo e argamassa. Caso eles não sejam utilizados, o ideal é destiná-los para aterros específicos de resíduos de construção civil, ou ainda para usinas de reciclagem.

Resíduos Classe B

São os materiais que podem ser reutilizados em outros setores, como papel, plástico, metal e vidros. Esses materiais devem ser separados e encaminhados para cooperativas de reciclagem, ou então para áreas de transbordo e triagem, que farão a transformação desses materiais.

Resíduos Classe C

Se refere aos materiais que ainda não podem ser reciclados, como o isopor, massa de vidro e massa corrida. Esses resíduos devem ser devidamente separados e encaminhados para aterros sanitários específicos para esse tipo de material.

Resíduos Classe D

São os materiais perigosos, que podem causar doenças, ser tóxicos, explosivos e poluir o meio ambiente, como ferramentas, tintas e solventes. Neste caso, os aterros industriais são licenciados para receber esse tipo de produto.

A classificação e a reciclagem dos resíduos são de extrema importância, pois contribuem significativamente para que a construção civil possa ser, de fato, sustentável, e apresentar menos riscos ao planeta. De nada adianta investir em materiais sustentáveis para a construção se o volume de resíduos gerados ainda é o mesmo, e o pior: é descartado sem qualquer tipo de classificação prévia ou tratamento.

Conclusão

Separar o que pode ser reaproveitado ainda na própria obra, ou o que possa servir para outros setores é um cuidado de conscientização que faz com que a sustentabilidade aconteça de verdade e que as obras se tornem mais baratas, agradando o bolso dos construtores e a qualidade de vida do planeta.

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